Estou precisando de uma ampulheta que marque 44 horas semanais e que tenha a opção pausar para quando for necessário. Digo isso, porque não é muito interessante ficar olhando para o relógio do computador todo esse tempo enquanto espero ansiosa o fim de cada minuto. Uma coisa mais dinâmica e menos hipnotizante, que os ponteiros de um relógio, talvez me ajudasse um pouco a encarar essas horas.

Penso nesse tempo e me vem à cabeça a minha idade, não sei bem o porquê, mas fico imaginando quantas  44 semanais foram “perdidas” nesses meus vinte e tantos anos, quando eu poderia estar fazendo algo que realmente me fizesse feliz e não certas coisas, super chatas, com pessoas mais chatas ainda. Penso que eu poderia estar viajando ou curtindo uma praia com a família e amigos, que eu poderia estar no cinema ou fazendo compras. Que eu poderia estar aprendendo alguma coisa que tenho vontade, mas eu não posso. Eu estou presa. Presa durante 44horas semanais. E sou obrigada a isso. Esta é a situação atual. Meus planos não deram certo, eu não ganhei na loteria e não achei um tesouro perdido por alguém muito lesado, isso não aconteceu. O que vem acontecendo é que dia após dia eu tenho me sujeitado a doar esse meu tempo por uma causa que não me agrada, para pessoas que não me interessam, fazendo coisas que não me fazem feliz, simplesmente por causa de dinheiro.

Andei pensando ultimamente em como poder me livrar dessas correntes, em como otimizar o meu tempo e poder parar de me lamentar todas as vezes em que preciso acordar às 5 horas da manhã, dirigir por 20 quilômetros  e sentar em frente ao computador de alguém para fazer algo que eles precisam. Pensei em muitas coisas, mas nenhuma tão eficaz como eu gostaria. O problema de pensar demais é que você acaba analisando muito uma situação e falando da minha situação, essas minhas 44 horas semanais “perdidas” nada mais são que o reflexo de muitas outras horas que foram desperdiçadas. Quando eu poderia estar fazendo algo para mudar a minha perspectiva de futuro acabei brincando com o meu tempo, não valorizei vários segundos mega valiosos e o futuro chegou, e chegou muito rápido e agora já está bem mais difícil de recuperar o tempo perdido. O peso das más escolhas não é leve, eu o sinto a cada minuto do meu dia.

Se eu tivesse valorizado meu tempo antes, com coisas que me dessem prazer, com coisas que mesmo que me dessem trabalho e exigisse muito esforço, valesse a pena, eu não estaria aqui, me lamentando pelas escolhas erradas que fiz, nem baixando a cabeça diante de algumas situações, eu não estaria presa nesse tempo obrigatório de 44 horas semanais, não estaria insatisfeita profissionalmente e educacionalmente, eu não estaria fazendo um post sobre isso, mas a vida é assim mesmo, a gente aprende com o tempo, mesmo que o tempo passe rápido, mesmo que ele seja curto e mesmo que ele não volte.

01 - Eu falo tão tão tão rápido que eu tenho que pegar um arzinho para poder continuar falando; 

02 - Sou a rainha do AFF. Prazer. Falo aff para praticamente tudo;

03 - Amo minha família e ainda tenho planos de fazer uma tatuagem para homenageá-los, mas caso eu mude de ideia a segunda opção é: Me, MySelf and I;

04 - Fazer foto fazendo careta é a minha cara; 

05 - Apesar de morar no Ceará eu não consigo gostar de forró.  Sério mesmo;

06 - Sou boa de garfo, amo comer e penso em comer o tempo todo. Talvez por isso eu esteja acima do peso Aff.

07 - Tenho ódio de gente que quer me fazer de besta;

08 - Não consigo ficar 'babando o ovo' de ninguém;

09 - Sou fã de Sandy e Junior até pra sempre;

10 - Morro de vontade de aprender a cantar e desenhar, mas já vi que não tenho dom nenhum para essas coisas. hehe. Meu namorado pode confirmar isso, tadinho;

11 - Tenho febre emocional sempre que acontece alguma coisa que foge do meu controle;

12 - Estou em busca do peso ideal e o plano é chegar nele até o final do ano; o/

13 - Não uso óculos, mas sei que a minha visão já tá pedindo uma ajudinha.

14 - Meu cabelo já foi cheio de cachos, mas nunca mais voltará a ser assim. Ainda bem; o/

15 - Tenho uma facilidade imensa de esquecer pessoas que me fizeram algum mal;

16 - Eu choro por qualquer coisa. Aff, ngm merece;

17 - Tento tirar alguma coisa boa de cada momento triste mas geralmente tenho pequenas recaídas nas TPMs e é nessa hora que eu  aproveito para comer coisas doce com salgada juntas;

18 - Não sou uma super cozinheira, mas sei me virar;

19 - Odeio bagunça, mas também odeio arrumar as coisas.. aí a coisa fica difícil;

20 - Tenho sonhos tão grandes que fico pensando se terei vida suficiente para tentar realizar todos eles;

21- Já pensei em ser médica, arquiteta, dentista e muitas outras coisas e no final das contas terminei sendo uma nada. (Drama eterno);

22 - Já coloquei na minha cabeça que desistir das coisas era coisa de gente fraca, mas já desisti de pensar assim, principalmente porque eu me arrependo de não ter desistido de algumas coisas;

23 - Não vou dizer que não me arrependo de nada que eu fiz, como muitos dizem por aí. Eu não sou louca, me arrependo de muitas coisas, pena que não posso prever o futuro para eu já me arrepender antecipadamente;

24 - Detesto receber ordem com uma autoridade além do normal, viro uma fera; e

25 - Adoro coisas de decoração, apesar de não ter dom nenhum para DIY, sempre faço uma nota mental com aquelas coisas lindas que preciso ter na minha futura casa dos sonhos que ainda é apenas sonho.

     Todas as pessoas têm algum sentimento por alguma outra pessoa, seja lá quem for, os sentimentos estão lá, é intrínseco, eles existem. O interessante é que da mesma forma que eles podem existir, eles podem mudar. Pode até não ser tão repentinamente e nem tão intenso, mas a vida é assim. As coisas mudam, às vezes para melhor e às vezes para o pior, e tudo depende exclusivamente de nós, daquilo que estamos dispostos a aceitar ou não.

       Eu falo do amor, não em todos os seus níveis e classificações, apenas em um, no momento. Já ouvi dizer que: Quando é amor, não acaba. Tenho que discordar demais disso. Na verdade, acaba sim, muda. E não falo isso baseada em nenhum estudo científico encontrado pelo mundo da internet, falo isso por experiência própria, uma experiência desagradável que só cresce ao longo dos dias. Para ser mais específica, o sentimento muda quando a “Filha da Putagem” é muito grande e contínua, quando aquilo vai se repetindo diversas vezes durante um longo tempo. Tempo esse que faz você esquecer e lembrar diversas vezes até que chega o ponto em que você não consegue mais esquecer e isso só te faz pensar o quão idiota você pode ter sido durante muitos anos. Obviamente que tem gente que gosta desse tipo de coisa e outras que acham que o perdão é a saída, mas mais uma vez eu tenho que discordar, o que acontece é que eu já passei dessa parte de perdão, o sentimento, embora ruim, já criou raiz, não é algo que se possa arrancar assim tão facilmente, ele foi cultivado, sem que eu soubesse, por muito tempo, e só agora eu pude perceber que o amor se transformou em pena e desprezo.

       Não é muito legal sentir algo assim por alguém tão próximo, alguém que, de certa forma, você tenha a “obrigação” de amar, mas o que é que eu posso fazer se já aconteceu, se mesmo depois de inúmeras tentativas para não permitir a mudança, ela ocorreu? O que posso fazer se outra pessoa plantou e quem acabou colhendo foi eu?

       Não posso garantir que não exista mais amor, mas ele mudou, definitivamente, mudou. Acredito que seja uma coisa irreversível, o amor não voltará a ser como era antes, tenho muita certeza disso, eu me conheço muito bem ao ponto de perceber a sequela que ficou em mim por causa da mágoa que eu venho sentido. Esses dias eu estava conversando com meu namorado sobre o quanto que eu já fui besta enquanto tentava ser algo de bom, mas pelo menos eu tentei. Há quem diga que eu queira ser mais que todo mundo, que eu me ache a tal, mas no fundo, acredito que ninguém sequer suspeitava pelo o quê eu lutava. Infelizmente eu perdi a luta e também perdi a vontade de lutar por uma causa perdida, perdi a disposição e o interesse, perdi a esperança de que as coisas pudessem melhorar, perdi a capacidade de aceitar as coisas de forma natural como eu fazia antes, cansei de ser feita de besta e cansei de tentar achar uma desculpa ou uma explicação para poder aguentar um pouco mais.

       Assim como pequenas coisas podem mudar o seu dia para melhor, pequenas coisas também possuem a capacidade de mudar um grande sentimento e foi o que aconteceu. Agora é tentar viver um dia após o outro como se nada tivesse acontecido, porque querendo ou não, eu só sei que sou assim e a pessoa de quem eu falo é apenas uma pessoa que eu costumava conhecer.

Obaaaa, criei um blog e a pergunta que não quer calar desde então é:  Quando que começo a ganhar dinheiro?

Não! Espera..  Tô brincando, pessoal.

Finalmente me rendi ao mundo dos blogs, depois de viver por muito tempo na minha bolha particular, decidi compartilhar algumas das coisas que sempre estão rodeando minha cabeça, ainda não sei bem que coisas são essas, mas acredito que se espremer, sai alguma coisa dessa bagunça.

Com o tempo, acredito eu, vocês irão perceber que não serei aquele tipo de blogueira que faz tudo que as outras costumam fazer. Pra ser sincera ainda não existe um super plano definido do que vem por aí, mas com certeza, tentarei compartilhar muitos dos meus pensamentos, preferências e pontos de vista por aqui.

Entãooo.. para começar e esquecer aquela coisa de que não começo ganhando dinheiro com o blog, vou contar o motivo pelo qual eu decidi entrar para esse mundo.

Foi simplesmente por livre e espontânea pressão. Brincadeira. Acho melhor eu parar com a gracinha porque não tem gracinha nenhuma, não é mesmo? Enfim..

Bem, tudo começou há algum tempo quando comecei a acompanhar alguns blogs, alguns muito conhecidos e outros nem tanto, nessa brincadeira, conheci algumas pessoas maravilhosas, outras nem tanto 2, (Tenho que ser sincera, Né?) Pois bem, algumas dessas pessoas também estão na blogosfera e foi a partir daí que começou a vontadezinha de tentar fazer alguma coisa parecida, na verdade, a vontade passou logo no começo, principalmente por eu não ter “tempo” e nem ter muita paciência para tal coisa, mas as coisas foram mudando, inclusive eu, e com esses meus vinte e tantos anos e uns quebradinhos eu me vejo em uma posição um pouco diferente do que eu estava antes, ainda continuo sem tempo e sem paciência (tbm não dá pra mudar tanto assim, heim) mas a vontade deu algumas voltas ao mundo e acabou voltando para mim, e dessa vez eu a agarrei e cá estou eu. Tcharammm..

O que mudou dessa vez é que, conversando com uma amiga por e-mail, eu percebi que tenho dedos elétricos, e que, apesar da minha memória péssima, eu poderia escrever um pouquinho, e com isso, poderia externar certas coisinhas que eu, muitas vezes, não compartilho com ninguém, simplesmente pelo fato de não gostar de encher o saco de ninguém, massss aqui o negócio é diferente, aqui é meu (YEAH BITCH) e se é meu eu posso fazer e falar o que eu quiser, com o foda-se ligado ou não, dependendo do humor do dia, claro. Rs.

Resumindo: tive uma vontade inicial de criar um blog que passou e voltou agora um pouco mais forte e que deu certinho com o meu momento atual de querer falar um pouco mais que o de costume. Vamos esperar o que vem por aí, ok? Sem muitas expectativas, beleza? Esse é apenas o primeiro post, e não tenho nem ideia do que fazer depois daqui, mas espero que alguém goste e que possa me acompanhar nessa viagem sem um destino definido.

Xeru.

p.s.: Desculpe o tamanho do post, me empolguei, pra variar. ;)